Como pálpebras roxas que tombassem
Sobre uns olhos cansados, carinhosas,
A noite desce... Ah! doces mãos piedosas
Que os meus olhos tristíssimos fechassem!
Assim mãos de bondade me embalassem!
Assim me adormecessem, caridosas,
E em braçadas de lírios e mimosas,
No crepúsculo que desce me enterrassem!
A noite em sombra e fumo se desfaz...
Perfume de baunilha ou de lilás,
A noite põe-me embriagada, louca!
E a noite vai descendo, muda e calma...
Meu doce Amor, tu beijas a minh'alma
Beijando nesta hora a minha boca!
Florbela Espanca
3 comentários:
Olá Luisa,
Florbela Espanca uma grande poetisa... Também gosto!
Votos de uma Santa páscoa para si e todos os seus.
Beijinhos,
Ana Martins
Cara Luisa
Em primeiro ligar os meus parabens pelo(s) seu(s) blogue(s).
Quero também agradecer-lhe por me seguir. Não percebo o porquê, mas obrigado na mesma. Acho que não sou motivo para seguimento, quer pessoal quer eticamente, quer ainda filosoficamente.
Estou a escrever-lhe para lhe deixar um desafio: QUER PENSAR EM ESCREVER UM LIBRETO PARA UMA ÓPERA? OU UMA CANTATA? Deixo-lhe um tema: D. Inês de Castro.Da música trato eu. Quer tentar?
Um abraço e obrigado pela poesia que me faz muito feliz.
Cara Luísa
Permíta-me discordar de si. Sempre é tempo de começar. Se não pensasse assim, nunca me teria proposto realizar o que estou a fazer em Campo Maior. Mas agradeço da mesma forma.
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